Filipe Galvão, o Fiuk
Sem falsa modéstia, o protagonista de Malhação e líder da banda Hori festeja a fama repentina, que na verdade é fruto de anos de muito trabalho e persistência
Fiuk
O próprio Filipe Galvão, ou melhor, Fiuk, admite: ''Estou realizando um sonho''. Com 19 anos recém-completados no final de outubro, o menino que cresceu sob holofotes por ser filho de Fábio Jr. (fruto do casamento do cantor com a artista plástica Cristina Kartalian) agora adquire fama por seus diversos talentos. O fato de ter um pai famoso na verdade só o ajudou a ter inspiração, pois o sucesso veio à custa de muito trabalho e persistência. A banda Hori, por exemplo, foi formada por iniciativa dele há seis anos e só lançou o primeiro álbum em agosto de 2009. Para conseguir o papel principal de Malhação, ele também não teve nenhuma regalia. Fiuk chamou atenção pelo bom desempenho no filme As Melhores Coisas do Mundo, de Laís Bodansky, que gravou no início deste ano e tem lançamento previsto para 2010, mas precisou fazer testes na Globo como qualquer ator iniciante da trama. Pode-se dizer que, por ser filho de Fábio Jr., a genética o ajudou bastante: ele herdou o talento e a beleza expressiva do pai, e se sai tão bem nos palcos como nas telas.
Como foi a sua escalação para o papel principal da nova temporada de Malhação? Você foi surpreendido com um convite para um teste, como no caso do filme As Melhores Coisas do Mundo?
O pessoal da produção de Malhação soube do meu trabalho no longa As Melhores Coisas do Mundo, da Laís Bodanzky. Eu fiz um papel bem legal, do irmão do protagonista, e a história é sobre adolescentes, tudo a ver com a novela. Eles gostaram e me chamaram para fazer um teste na Globo, que já era dirigido ao protagonista, Bernardo.
Muitos atores comentam sobre as diferenças entre fazer cinema e novela, já que a última é uma obra aberta, e o personagem passa por constantes mudanças. Como é esse desafio para você?
Novela é um trabalho bem mais intenso, do dia a dia mesmo. Eu estou aprendendo muito com os colegas e com essa experiência como um todo, que exige concentração, dedicação e, principalmente, ralação. Levo esse desafio a sério, pois, sendo o personagem todas as tardes, preciso ter muita responsabilidade. (a rotina de Fiuk na Malhação está tão corrida que ele só conseguiu tempo para conceder esta entrevista durante o intervalo para o almoço, entre as gravações da trama)
Como surgiu o convite para a banda Hori integrar a trilha de Malhação, e logo com a música de abertura?
Eu dei de presente um CD da banda Hori para o diretor Mário Márcio Bandarra, que ouviu e curtiu pra caramba. O Rogério Vaz, produtor musical da Malhação, achou que ficaria legal para a trilha. Ele compôs a música Quem Eu Sou, e nós gravamos.
A música Quem Eu Sou casa muito bem com o tema dessa nova temporada da trama, que é a busca e a afirmação da própria identidade. E você, chegou a ter as crises de identidade típicas dos adolescentes?
Adolescente não nasce sabendo de tudo, é uma época de descobertas na vida. Mas eu já tinha certeza do que queria, estar ligado à arte. Eu sempre gostei de música e de atuar. Na música, sempre estive envolvido, mas como ator eu só não sabia como começar...
Protagonista de novela, música estourando na abertura... Você já sentiu os efeitos dessa visibilidade tão grande no seu cotidiano?
Eu acho demais. Agora, a todo lugar que eu vou, a galera me reconhece, e isso é muito legal. Eles falam sobre o personagem, comentam as cenas mais marcantes, como a em que o Bernardo voou de balão, dão alguns palpites, torcem, querem tirar fotos... Sempre sonhei com o sucesso e estou adorando. Não é pretensão, é sonho mesmo. Sempre quis que as pessoas reconhecessem o meu trabalho, e que curtissem o som da nossa banda.
O seu personagem em Malhação, Bernardo, curte esportes radicais. E você?
Antes de Malhação, o meu esporte era o violão, a música, mas eu estou curtindo essa nova experiência de ter que aprender hockey por causa do Bernardo. Treino com profissionais e é bem gostoso praticar.
O Bernardo também é muito impulsivo e às vezes acaba entrando em algumas roubadas...
Eu só me arrisquei tanto assim na carreira. Há um ano, eu estava excursionando com a banda Hori e sofremos um acidente, o ônibus quase capotou. Ainda bem que no final saímos sãos e salvos.
O sucesso com as meninas que seu personagem tem na novela se repete na vida real?
O Bernardo é emotivo, eu também, e empresto este meu lado para o personagem. Mas ele tem essa coisa de ''pegar'' as meninas. Já eu dou mais valor à pessoa que está comigo. Não quero pegar, e sim conquistar, me apaixonar. Sou um romântico assumido e adoro agradar a minha namorada, a Natália.
Um dos diferenciais de Malhação é a interação com o público através da internet, com fóruns, blogs, comunidades e até mesmo uma websérie alternativa. Você também é ligado em tecnologia e redes sociais?
Essa interação da Malhação com os fãs pela internet é muito legal. Eu sempre coloco as novidades no Twitter, e posso ficar lado a lado com os fãs o dia inteiro (site da Hori: www.bandahori.com.br / Twitter do Fiuk: @Fiuk / Twitter da banda Hori: @bandahori / Myspace da banda Hori: www.myspace.com/bandahori).
